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Quem escreve deve saber que suas criações não são mais suas, mas de quem as lê.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Despedida: o longo adeus.


Chega uma hora em que a mudança se faz necessária. Todas as lembranças que guardava em si tendem a se tornar-se mais fortes, pois são elas que você carregará de agora em diante. Os momentos bons, os ruins, afloram com mais intensidade em sua mente, e podem te trazer lágrimas aos olhos. Há o momento da despedida, a pior parte de tudo. O momento em que você precisará dar adeus a tudo que você conhecia naquele mundo, a tudo que você era verdadeiramente naquele mundo, ao que você poderia ser naquele mundo. O seu eu verdadeiro, que só libertava ali. As pessoas vão chegando, mas o momento é de despedida. Uma conversa como qualquer outra só pra aliviar a tensão, mas logo acaba o assunto, e é hora de falar de coisas realmente sérias. Então, mesmo com lágrimas nos olhos, o momento se aproxima. É hora de dizer adeus. Adeus aos amigos, às lembranças de seus amigos, a aquele amor. Aos aprendizados, aos ensinamentos. No começo, é fácil fingir que nada está acontecendo, mas logo, logo a realidade vai nos dar uma tapa no rosto, e perceberemos que nunca mais, ou provavelmente muito raramente, veremos ou falaremos com aquela pessoa de novo. A vida vai passando, da mesma forma com que acontece todo dia. As pessoas entram, saem, mas dessa vez você sabe, você sabe simplesmente que será a última vez. Pra onde vão todas as lembranças? Eu sei a resposta. Todas elas vão do cérebro ao coração, pra lá deixarem marcas infinitas, de forma que sejam irrevogavelmente plantadas. Adeus, estou indo!









Luiza, Maria.