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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Querido diário. 31.12.2011 (Uma hora e cinquenta e um minutos)


Querido diário... Não. Querido Word. Querido computador (!), que na verdade é o único a saber tudo sobre o que eu quero desabafar aqui. Você presenciou cada palavra ao vento, cada jura, cada promessa, cada amostra grátis de hipocrisia e mentira. Não era mentira até deixar de ser sentido por uma das partes. Era tanto amor, que parecia que nunca iria acabar. Aparentava ser o bastante para nos sustentar, como a água para mundo.  Vejo agora o amor como a água do mundo. Não sabemos aproveitar, nem o amor nem a água. Os dois são bem usados em partes, em outras desperdiçados, então perdem a qualidade ou simplesmente acabam. Foram meses de pura ilusão que, durante, não percebemos. Alguns dias de puro amor pouco aproveitado, como um lindo domingo de sol no clube e urinar na água que antes estava limpa. Eu não sofri por amor uma, duas ou três vezes. Talvez nunca tenha sofrido por amor, mas eu já sofri por desamor. Ah! Esse sim fez de mim moradia. E hoje eu não me perdoo por ter acreditado em tampouco. Essa história toda, hora parece uma grande perda de tempo, hora uma grande perda de dinheiro, hora simplesmente uma grande perda. Eu sou acostumada a perder assim, mas não quer dizer que não dói mais. Perco porque procuro. Procuro porque preciso. Eu procuro amor. Disseram-me que não deveria procurar e que ele iria bater em minha porta, mas eu não acredito que o amor seja um testemunha de Jeová. Se o amor for bater em alguma porta, não vai ser da minha casa.
As vezes questiono a existência de um "amor" porque como em histórias falam da Cinderela, papai-noel, unicórnios e etc, na realidade falam de amor, que não sei que caralhos tem de diferente da Cinderela. Uns dizem que ela existe, outros que não acreditam, outros te chamam de louco por acreditar, outros dizem ser a própria... O que é preciso pra conhecer o amor? Deixar minha meia pendurada na lareira pro papai-noel vir colocar dentro presentinhos enquanto come os biscoitos decorados que preparei  durante toda a tarde e deixei em cima da mesinha? Ah, o amor tem que ser mais que isso.  Ele tem no mínimo que me trazer biscoitos também!  Alguns que falam do amor, dizem que é uma recíproca. Outros dizem que apenas amar é o bastante. Como vou saber? Por especulações? Por proporções de opiniões? Eu tenho também a minha opinião sobre o amor como qualquer outra pessoa que acredita tê-lo sentido: o amor é a coisa mais maravilhosa, faz você querer agradar a pessoa que você “ama”, faz você pensar em dobro na pessoa nos dias de chuva e começar a escrever coisas sem sentido, como por exemplo esse texto, pra ver se sente-se bem com a ausência da mesma, faz você acreditar na pessoa amada de olhos fechados, faz você aceitar qualquer exigência ou regra imposta pra estar bem com essa pessoa, mas faz também você se esquecer que um dos dois sempre ama mais, e que essa pessoa, vai ser você! E quando você descobre isso, o amor vira todas as coisas que eu citei no início desse texto confuso e inútil. Você sofre, chora, fica louco (a), e se a pessoa estiver bem acima de tudo, você sente isso tudo em dobro, acredite. E se além de estar bem ela estiver feliz com uma terceira pessoa, não vai mudar nada além de adicionar um pouco de raiva a essa lista de sentimentos ruins.

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